EQUIPA
GRAÇA VIDEIRA LOPES
Graça Videira Lopes é investigadora integrada do Instituto de Estudos Medievais (IEM) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, faculdade onde foi, desde 1982, professora do Departamento de Estudos Portugueses. Doutorada em Literatura Medieval (1993), o seu trabalho tem incidido particularmente na Lírica Trovadoresca Galego-Portuguesa, neste âmbito sendo a responsável pela Base de Dados, online desde Novembro 2011, «Cantigas Medievais Galego-Portuguesas», resultante do projeto FCT Littera (2008-2011) (http://cantigas.fcsh.unl.pt).
Para além de numerosos artigos, é autora dos livros:
Cantigas galego-portuguesas – corpus integral profano, Lisboa, Biblioteca Nacional, 2016 (com Manuel Pedro Ferreira)
Do canto à escrita: novas questões em torno da Lírica Galego-Portuguesa. Nos cem anos do Pergaminho Vindel, Lisboa, IEM/CESEM, 2016 (com Manuel Pedro Ferreira)
Cantigas de trovadores – de amor, de amigo, de maldizer, Jornal Público, 2015
Cantigas trovadorescas: da Idade Média aos nossos dias (com Manuel Masini), Lisboa, IEM, 2015
Cantigas de escárnio e maldizer dos trovadores e jograis galego-portugueses, Lisboa, Editorial Estampa, 2002
A sátira nos cancioneiros medievais galego-portugueses, Lisboa, Ed. Estampa, 1998
Graça Videira Lopes (IR)
MARIA JOÃO MELO
Maria João Melo é Professora Catedrática no Departamento de Conservação e Restauro da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade NOVA de Lisboa, e investigadora do LAQV-Requimte e IEM da NOVA.
Depois do PhD em Química Física (1995), especificamente em Fotoquímica, decidiu aplicar a sua especialidade à conservação de obras de arte. Como Itália lidera esta área, decidiu fazer o seu PostDoc em Florença (1996-98), onde trabalhou no Italian Research Council (CNR). Tornou-se especialista em espectroscopia de infravermelho aplicada a patrimônio cultural e iniciou a sua investigação em mecanismos de fotodegradação em sistemas poliméricos, prevendo tempos de vida.
A sua investigação tem como foco o estudo das moléculas da cor na Arte, nomeadamente a fotofísica e fotoquímica de corantes históricos. Es conhecimento é aplicado ao desenvolvimento de novas metodologias de conservação de Iluminuras Medievais e de Arte Contemporânea.
Atualmente o seu desafio é fortalecer a sua metodologia interdisciplinar, nas barreiras entre as ciências naturais e sociais, promovendo o compromisso publico.
Maria João Melo (co-IR)
MARIA ANA RAMOS
Maria Ana Ramos formou-se na Universidade Clássica de Lisboa na Faculdade de Letras (Licenciatura e Doutoramento), onde ensinou principalmente História da Língua Portuguesa durante vários anos. Após uma especialização em Filologia Românica na Universidade de Roma, na La Sapienza (três anos), trabalha atualmente no Romanisches Seminar na Universidade de Zurique, onde ensina Língua, Linguística, Literatura e Filologia portuguesas desde 1986 e onde obteve também a Habilitação (Agregação) em Filologia Românica e a direção da Cátedra Carlos de Oliveira (Camões IP).
Os grandes domínios da sua investigação concentram-se na história da lírica galego-portuguesa, nas variações textuais da sua produção, nos processos de transmissão e na recepção medieval e quatrocentista de coleções poéticas coletivas, em particular no que toca ao Cancioneiro de Ajuda, códice sobre o qual desenvolveu um trabalho aprofundado, tendo publicado, para além do ensaio, que acompanha a edição fac-similada deste Cancioneiro (1994) e a reimpressão da edição diplomática (2007), um estudo que apreende a eloquência dos espaços em branco neste manuscrito dos finais do século XIII (1986), o que lhe permitiu uma significativa reflexão sobre a especificidade da previsão musical para as fiindas na lírica galego-portuguesa (1984) e sobre o sentido da separação silábica e intervocabular de alguns termos na dependência da notação neumática prevista no manuscrito (1995). Já em 2008, publicou um amplo estudo com base no exame codicológico, paleográfico e grafemático do manuscrito (Cancioneiro da Ajuda. Confecção e Escrita).
Para além deste domínio essencial, interessou-se ainda por vários outros domínios da literatura medieval, entre os quais, as formas narrativas breves, os aspetos linguísticos do teatro de Gil Vicente, com o exame de uma língua artificial durante o século XVI, a língua dos ciganos (2003), tendo ainda procurado estudar o período literário em França do princípe Afonso, le Boulonnais, futuro Afonso III de Portugal, responsável pela dinâmica cultural da corte portuguesa (2003, 2005, 2011, 2013).
Maria Ana Ramos
MANUEL PEDRO FERREIRA
Manuel Pedro Ferreira (n. 1959) doutorou-se em Musicologia na Universidade de Princeton (1997) e ensina desde 2000 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) e ocupa a cátedra de Musicologia Histórica. Tem-se dedicado sobretudo ao ensino e à investigação da música da Idade Média e do Renascimento, sem descurar a interpretação musical: dirige desde 1995 o grupo Vozes Alfonsinas, com o qual gravou cinco discos.
Como musicólogo, publicou mais de duzentos trabalhos científicos e dirigiu vários projectos de investigação. Escreveu ou coordenou mais de vinte livros, entre os quais: O Som de Martin Codax (Lisboa, 1986); Cantus coronatus — Sete cantigas d’amor d’El-Rei Dom Dinis (Kassel, 2005); Dez compositores portugueses. Percursos da escrita musical no século XX (Lisboa, 2007); Antologia de Música em Portugal na Idade Média e no Renascimento, 2 vols. (Lisboa, 2008); Medieval Sacred Chant: from Japan to Portugal (Lisboa, 2008); A Sé de Braga. Arte, Liturgia e Música, do final do século XI à época tridentina (Lisboa, 2009); Aspectos da Música Medieval no Ocidente Peninsular, 2 vols. (Lisboa, 2009-2010); Revisiting the Music of Medieval France: from Gallican chant to Dufay (Farnham-Burlington, 2012); Harmonias do Céu e da Terra: A música nos manuscritos de Guimarães (séculos XII-XVII) (Lisboa-Guimarães, 2012); Musical exchanges, 1100-1650: Iberian connections (Kassel, 2016), Música e História: Estudos em homenagem a Manuel Carlos de Brito (Lisboa, 2017) e A Notação das Cantigas de Santa Maria: Edição Diplomática, 3 vols. (Lisboa, 2017).
Tem também exercido com regularidade o ofício de crítico musical e feito incursões pela composição musical e pela poesia. É membro da Academia Europeia (desde 2010) e da direcção da Sociedade Internacional de Musicologia (desde 2012).
Manuel Pedro Ferreira
JOSÉ ANTÓNIO SOUTO CABO
Doutorado em 1997, os domínios preferentes da sua investigação são a história da língua durante o período medieval e o contexto sociocultural em que surge e se desenvolve a lírica galego-portuguesa. Integram-se na primeira linha trabalhos de edição e estudo de textos literários e documentação instrumental como: Rui Vasques. Crónica de Santa Maria de Íria (2001), “Na origens da expressão escrita galego-portuguesa. Documentos do século XII” (2003), “A transição scriptográfica na produção documental portuguesa de 1257 a 1269” (2004), “Novas perspectivas sobre a génese da scripta romance na área galego-portuguesa. Textos e contextos” (2004), “Originais e cópias da Chancelaria de Afonso III: o exemplo de uma composição de 1257” (2005), Documentos galego-portugueses dos séculos XII e XIII (2008) ou “Os primeiros escritos em galego-português: revisão e balanço” (2014).
Em relação ao segundo campo, podemos citar: “Para um novo enquadramento histórico-literário de Airas Fernandes, dito “Carpancho” (2003), “Pedro Garcia de Ambroa e Pedro de Ambroa” (2006), Os cavaleiros que fizeram as cantigas. Aproximação às origens socioculturais da lírica galego-portuguesa (2012), “Fernando Pais de Tamalhancos: trovador e cavaleiro” (2012), “Lopo Lias: entre Orzelhão e Compostela” (2012), “In capella domini regis in Ulixbona e outras nótulas biográficas trovadorescas” (2012), “En Santiago, seend’ albergado en mia pousada. Notulas trovadorescas compostelanas” (2014), “Estudo biográfico [do trovador Nuno Eanes Cerzeo]” (em El arte de trovar de amor. Nuno Eanes Cerzeo y su producción poética, 2018), “En cas da Ifante. Figuras femininas no patrocínio da lírica galego-portuguesa (I)” (2016), “Et de dona Guiomar nascio don Rodrigo Diaz de los Cameros. Figuras femininas no patrocínio da lírica galego-portuguesa (II” (2018), “Martim Codax e o fenómeno jogralesco na Galiza sul-ocidental” (2018).
Refiramos, finalmente, dois trabalhos sobre a tradição manuscrita de produções históricas romances ou latinas como: “A Crónica dos ministros gerais da Ordem dos Fraires Menores (BN 94 IL) e o seu antígrafo galego” (2016), “Liber Regristi Didaci secundi. Sobre a tradição manuscrita da História Compostelana” (2018).
José Souto Cabo
FABIO BARBERINI
Fabio Barberini. Doutor em Filologia Galo-Românica pela Universidade de Messina (2014), é investigador contratado pela Universidade Nova de Lisboa – FCSH e membro integrado do Instituto de Estudos Medievais. Desde o ano 2013 é membro do Comité de Redação da revista Cultura Neolatina. Trabalha sobre lírica românica medieval, nomeadamente provençal, francesa e galego-portuguesa (tradição manuscrita e edição de textos); literatura anglo-normanda e relações entre judeus e cristãos nos séculos XIII-XIV. Foi investigador contratado em vários projetos internacionais, entre os quais: Manuscript Heritage of the Troubadours (MHT). Le Patrimoine manuscrit des Troubadours en pays d’Oc. Édition numérique du Chansonnier provençal R (2016-2017: Université de Toulouse 2 “Jean Jaurès” – CNRS); CAO “Corpus dell’Antico Occitanico” (2018: Università di Chieti-Pescara); Mecenazgo y creación literaria en la corte catalano-aragonesa (s. XIII-XV): evolución, contexto y biblioteca digital de referencia (2018: Universitat de Girona) e Troubadours and European Identity: The Role of Catalan Courts (2018: Universitat de Girona).
Fabio Barberini
TIAGO VIÚLA FARIA
Tiago Viúla de Faria (DPhil Oxford, 2013) é membro da Direcção do Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa, cujo grupo de investigação “Territórios e poderes, uma perspectiva glocal” também coordena. A sua área de especialização são as relações e políticas externas entre os poderes ocidentais na Europa medieval, em particular Portugal. Tem trabalhado também sobre transmissão cultural e literária. É membro da equipa de “Fernão Lopes Translation Project”, sedeado na Universidade da Georgia (IP Amélia Hutchinson). Encontra-se a coordenar um livro intitulado Philippa of Lancaster and the Court Culture of Medieval Portugal para a chancela Palgrave MacMillan.
Tiago Viúla Faria
ANA RAQUEL ROQUE
Ana Roque é licenciada em Línguas, Literaturas e Culturas (2010), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mestre em Estudos Portugueses (2013), também pela FCSH-UNL, com a dissertação “A ficção da voz feminina nas cantigas de D. Dinis”, e doutoranda em Estudos Portugueses, estando, de momento, a preparar a tese “Vozes Femininas Galego-Portuguesas no Contexto Medieval Europeu”, tendo sido bolseira da FCT entre 2015 e 2017.
Enquanto membro integrado do IEM (Instituto de Estudos Medievais da FCSH-UNL) e colaboradora do CHAM (Centro de Humanidades da FCSH-UNL), tem-se dedicado principalmente ao estudo da literatura medieval galego-portuguesa e da obra de Fernando Pessoa. Colaborou ainda no projeto “Littera”, de que resultou a base de dadosCantigas Medievais Galego-Portuguesas. Entre 2013 e 2015, lecionou, enquanto assistente convidada, no Instituto Superior de Contabilidade e de Administração de Coimbra.
Ana Raquel Roque
PAULA SOFIA FONSECA NABAIS
Paula Nabais é investigadora no Departamento de Conservação e Restauro e na unidade de investigação LAQV-Requimte, da Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade NOVA de Lisboa. O seu projecto de doutoramento, intitulado “Identity and connections within medieval heritage: color in the illuminated manuscript through the eyes of the molecular sciences and humanities,” recebeu o prémio “Estimulo à Investigação” na área da Química pela Fundação Calouste Gulbenkian. Este trabalho incidiu no desenvolvimento de metodologias inovadoras para a identificação e caracterização de colorantes orgânicos em obras de arte. Recentemente, tem se dedicado ao estudo de manuscritos medievais e alguns dos materiais mais desafiantes de caracterizar nestas obras, tintas de escrita e corantes amarelos. É ainda membro de equipa de dois projetos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, Stemma e Polyphenols in Art.
Paula Sofia Nabais