NOTÍCIAS2022-07-15T13:16:18+00:00

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Cancioneiros medievais

STEMMA – Do canto à escrita –  produção material e percursos da lírica galego-portuguesa

28 de Outubro de 2020 – Reunião plenária

  • No passado dia 28 de Outubro de 2020, realizou-se a reunião plenário de toda a equipa STEMMA em formato online, adaptando-se às novas circunstâncias e sempre em segurança. Durante a reunião foram apresentados e discutidos os resultados da visita ao Ciclotrão (París) e novas pistas encontradas em manuscritos e sobre D.Miguel da Silva. Membros da equipa apresentaram também os novos desenvolvimentos nas suas pesquisas.

15-16 de Outubro de 2020 – Conferência Internacional “The Dyes in History and Archeology

  • Nos passados dia 15-16 de Outubro, 3 dos nossos membros participaram com duas apresentações, do trabalho a decorrer no âmbito do projeto, na conferência internacional “The Dyes in History and Archaeology” (DHA). Esta conferência anual tem como principal foco a história, produção, aplicação e propriedades dos corantes e pigmentos orgânicos aplicados no passado. Todos os anos, especialistas de todo o mundo, de diferentes áreas, participam da conferência para discutir e partilhar ideias acerca destes materiais do passado.

O material apresentado na conferencia será publicado num futuro próximo…

Um mistério de 1.000 anos desvendado…

Um grupo interdisciplinar de investigadores portugueses desvendou a complexa estrutura química do corante azul/púrpura utilizado na iluminura de manuscritos medievais. A estrutura química deste corante, o folium medieval, era um mistério, apesar dos esforços feitos por vários grupos de investigação internacionais. O estudo foi desenvolvido por um grupo de químicos e de cientistas da conservação, do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE), tendo contado ainda com a colaboração de uma bióloga da Universidade de Lisboa, que permitiu encontrar & identificar a pequena planta, Chrozophora tinctoria.

De todos os corantes medievais o folium é o único cuja estrutura química era desconhecida. Maria João Melo, investigadora do LAQV na Faculdade de Ciências e Tecnologia da NOVA (FCT NOVA) explica que “o folium é extraído dos frutos da planta Chrozophora tinctoria, nativa em Portugal, e que o seu azul/púrpura foi utilizado durante a Antiguidade e Idade Média, principalmente na iluminura de manuscritos preciosos. No entanto, o conhecimento das suas propriedades medicinais e tintoriais perdeu-se no final do séc XIX”.

Os investigadores procederam ao estudo de documentos medievais e baseados nas descrições detalhadas a Chrozophora tinctoria foi encontrada no Alentejo e recolhida durante o verão. Paula Nabais, primeira autora do estudo, explica que “os extratos obtidos apresentaram um corante azul como principal componente. Esta molécula foi isolada, purificada e caracterizada através de uma metodologia multianalitica, na Universidade do Porto, sob a coordenação de Victor Freitas e Joana Oliveira e em colaboração com Artur Silva da Universidade de Aveiro. O trabalho de purificação e caracterização foi moroso até conseguirmos obter as condições óptimas”. Os investigadores denominaram chrozophoridina a esta molécula do azul.

No património cultural, a compreensão e prevenção dos mecanismos de degradação, passa pelo conhecimento destas moléculas históricas, e pela recuperação de um saber fazer que se perdeu. Apenas desta forma será possível identificar o folium em obras de arte e estudar as suas propriedades, possibilitando novas estratégias de conservação.

Artigo: A 1000-year-old mystery solved: Unlocking the molecular structure for the medieval blue from Chrozophora tinctoria, also known as folium. P. Nabais, J. Oliveira*, F. Pina, N. Teixeira, V. de Freitas*, N. F. Brás, A. Clemente, M. Rangel, A. M. S. Silva, M. J. Melo*

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13 de janeiro de 2020 – Reunião plenária

  • No passado dia 13 de Janeiro 2020, teve lugar a reunião plenária de toda a equipa Stemma, que contou ainda com a presença da nossa consultora Laura Fernández Fernández. Ao longo do dia, foram apresentados e discutidos os relatórios relativos às visitas ao Mosteiro do Escorial e à Biblioteca Vaticana. Vários membros da equipa deram ainda conta do andamento das suas pesquisas. No conjunto, os novos dados apresentados revelaram-se muito promissores.

18 a 23 de Novembro de 2019 – Missão ao Real Monasterio de San Lourenço del Escorial

  • Na semana de 18 a 23 de Novembro passado, quatro membros da equipa (Graça Videira Lopes, Maria João Melo, Paula Nabais e Márcia Vieira) estiveram no Real Monasterio de San Lourenço del Escorial, para uma primeira sessão de trabalhos na Biblioteca. Em análise e estudo estiveram os dois códices das Cantigas de Santa Maria guardados nesta biblioteca (Códice Rico, (T.I.1) e Códice de los Músicos (b.I.2)), e ainda o Lapidário (h.I.15), o Libro del Ajedrez, Dados y Tablas (T.I.6) e a Estoria de España (X.I.4). A seleção dos manuscritos teve como objetivo uma primeira caracterização dos materiais e técnicas usados na criação de iluminuras nos scriptoria de Afonso X. Em particular, estudar a forma de construir / pintar os verdes, os azuis de lápis-lazúli, os rosas e ainda qual o tipo de amarelos, de natureza inorgânica, utilizado. Estas eram as características da cor do Cancioneiro da Ajuda que considerámos, em conjunto, como eixos essenciais da sua singularidade. Em breve, disponibilizaremos o relatório dos trabalhos, com as conclusões preliminares.

Novembro de 2019 – Missão à Biblioteca Vaticana, Roma

  • No passado mês de Outubro de 2019, dois membros da equipa (Graça Videira Lopes e Fabio Barberini) estiveram em Roma, para uma primeira missão de pesquisa nos arquivos da Biblioteca Vaticana.

1 de Agosto de 2019 – Herdade da Lavadinha

  • A idade média para além do livro, legou-nos as tintas de escrita ferrogálhicas. Certamente após uma laboriosa experimentação chegaram a uma receita que se manteve nos seus passos e ingredientes essenciais por quase 1 milénio. A um extracto de bugalhas adicionamos pós de sulfato de ferro e de goma arábica e, como por magia, um negro profundo surge. Mas haveriam truques e segredos que não foram contados e que nós esperamos poder descobrir… assim partimos em busca de uma tinta de escrita perdida… na Herdade da Lavadinha.

  A 1 Agosto de 2019, com o apoio de António Freitas do grupo Amorim. Um daqueles dias que temos de designar de inesquecível…

  A tinta de escrita está já em preparação…